O meio ambiente e a lógica capitalista

Kira Yagami
14 min readFeb 6, 2023

Desde o início da década de 80 e a forte composição de movimentos não alinhados, referentes a Guerra Fria, isto é, movimento que não defendem um lado ou outro das superpotências em guerra, o ambientalismo vem ganhando espaço no cotidiano mundial. Movimentos como o Greenpeace por exemplo, são coisas até mesmo esquecidas pela geração atual, visto que o Greenpeace teve seu auge na década de 90, ainda assim, temos eventos como a ECO92 que por ser realizada no Rio de Janeiro fixou-se no imaginário popular brasileiro e principalmente carioca, mas traduzir toda a preocupação ambiental para a população enfrentava grande resistência da mídia e do dinheiro de muitas empresas que lucravam com a destruição ambiental, pode-se citar exemplos como CSN, CSA, Cosipa, Rhodia e até mesmo a Petrobras, mas, todas essas, principalmente as estatais, tem sua imagem “limpa” de certa forma, principalmente com o discurso da geração de empregos e o desenvolvimento da região onde estão, mas desenvolvimento a qual custo?

A lógica da instalação de um complexo industrial é de certa forma bem simples, uma localidade (provavelmente um município) convida e dá condições para que seja instalado uma fábrica e a mesma gera empregos para a população a sua volta, essa lógica onde ambos saem ganhando quase nunca se mantem, uma vez que a indústria gera rejeitos, produtos oriundos da fabricação de outros produtos e itens deste tipo que muitas das vezes são a origem do problema. De maneira bem genérica, esse suposto município teria na prefeitura municipal o dever de cuidar das pessoas e manter o equilíbrio de forças entre a indústria e a sociedade civil, mas a teoria é bem diferente da prática.

Apesar da introdução quase acadêmica, esse texto contém um pouco do que eu vi, senti e pensei durante o pouco tempo de vida que tenho, das 3 cidades que já morei, todas continham um problema ambiental/ecológico a se resolver, tudo bem que a terceira cidade é São Paulo e essa tem problemas aos montes, mas a vivência não é parte integral do texto, é mais uma forma de explicar com os olhos de um qualquer como se desdobra esse tipo de problema, quase uma brincadeira de micro-história, explicando o macro pelo micro.

Central Nuclear Almirante Alvaro Alberto

Nascido em Angra dos Reis, que é nacionalmente famosa pelas 365 ilhas, eu cresci quase que de pés na água do mar, com pescadores pela família e a tradição do prato típico da região, Pirão de Peixe com Banana, um pirão tão específico que me faz compreender todo nortista que simplesmente não entende o açaí doce com xarope de guaraná consumido com mel, granola, leite em pó e leite condensado. Desde antes de eu nascer, Renato Russo cantava sobre a usina de Angra dos Reis, talvez não tão turística e a primeira usina nuclear do Brasil, herança da ditadura militar, a Usina de Angra dos Reis, conhecida como Angra 1, começou a funcionar em 1985, em 2001 Angra 2 entrava em funcionamento e aqui cabe a verdade conveniente de que nunca houve acidentes ou problemas com a usina durante todo esse tempo, aparentemente a Eletronuclear realiza sim um bom trabalho, mas é questão de muita fiscalização uma vez que privatizada, sua transparência tende a diminuir. Apesar de nunca ter tido nenhum tipo de acidente como Three Mile Island, Fukuoka ou Chernobyl, o município depende de uma rodovia que até 2022 constava como mão única como sua principal rota de fuga, cabe também lembrar que o mar poderia ser utilizado como via de transporte e fuga, mas Angra dos Reis não é uma grande vila de pescadores e muitas das pessoas não tem barco ou acesso fácil ao litoral num caso tão perigoso como um acidente nuclear. O equilíbrio entre o funcionamento da usina e a cidade até que funciona bem, a usina gera empregos e oportunidades e os empregos garantem o funcionamento da usina, mas o precedente brasileiro causa medo de toda forma.

VALE DE PÓ PRETO

A cidade de Volta Redonda, distante cerca de 100km de Angra dos Reis e 130km da capital do Estado do Rio de Janeiro, foi o local escolhido por Getúlio Vargas em 1945 para a instalação de uma tecnologia que na época era de última geração, a siderurgia. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi inaugura em 1946 onde ainda era território do município vizinho, Barra Mansa, em 1954 o território que continha a fábrica é emancipado dando origem ao munícipio de Volta Redonda, que tem o nome por conta da curva do rio (Paraíba do Sul) em formato redondo e bem definido. Podemos notar que a CSN de fato precede a cidade e a interdependência de fábrica e cidade se misturam desde o início, muitas das autarquias públicas da cidade foram fundadas ou iniciadas como parte da grande estatal siderúrgica, como o estádio de futebol da cidade. Desde o início de sua operação a CSN era um ente poluidor, poluindo não só o Paraíba do Sul como utilizando partes da cidade como aterros que hoje em dia são ocupados por bairros, é bem comum na cidade a presença do pó preto nas casas e na atmosfera, subproduto da produção de aço e expelido “legalmente” pela fábrica, o pó preto é o que se respira junto ao ar da cidade, em dias de inversão térmica (fenômeno causado pela poluição onde o ar quente fica aprisionado entre massas de ar frio) o pó se torna um problema ainda pior.

Usina Siderúrgica Presidente Vargas

Antes da privatização a siderúrgica ainda devolvia para a cidade boa parte de melhorias, não só os postos de trabalho, mas como relatado acima, os locais de fato, como clubes de funcionários, já que a CSN era a maior empregadora do município. Com a privatização realizada em 1993, algumas partes da CSN como seu escritório central foram fechadas e mudadas de local, não compensava que toda a parte de papéis e burocracia da empresa, agora privada, ficasse sediada numa cidade de médio porte do Vale do Paraíba, com isso, atualmente no centro da cidade há um edifício de 16 andares completamente vazio e inútil, uma vez que ainda é propriedade da CSN mas se encontra em disputa jurídica, assim como um sem-número de edificações pela cidade.

Apesar de parecer um problema pequeno, a CSN contou com muito tempo de normalização do poder público no momento de sua estatização, agora com a privatização algumas das questões vêm sendo colocadas em pauta, como à que se refere ao Bairro de Volta Grande IV, um antigo depósito de rejeitos de siderurgia, que hoje após serem retirados serve de moradia para cerca de 200 famílias, a questão é o solo ainda não impermeabilizado e a presença de metais pesados como Chumbo no solo onde vive essa parte da população, lembrando que quase como uma regra, se trata de uma periferia da cidade e aqui se apresenta a lógica perversa, a empresa suga muito mais do que dá.

Para questão de comparação os bairros mais ricos da cidade costumam ser em partes mais altas, onde a poluição costumava ser menor, os locais mais baixos e mais próximos da usina de siderurgia costumam ser mais afetados.

O VALE DA MORTE

O gosto das indústrias pela geografia de vales tem relação direta com a presença dos corpos fluviais, assim como a CSN já utilizou do Paraíba do Sul como forma de despejo de alguns rejeitos, as indústrias buscam essa proximidade caso seja necessário o despejo de algum tipo de material. Cubatão é um município a 150km de São Paulo, bem no pé da Serra do Mar, um conjunto de montanhas que separa o litoral paulista do planalto onde fica situada a cidade de São Paulo e suas mesorregiões, a cidade de Cubatão era bem voltada a pescas nos rios e a caça de caranguejo nos mangues, isto é, o município era comumente permeado por mangues e rios muito por conta da Serra do Mar que provocava quase uma Monção fazendo com que as nuvens carregadas de chuva tivessem alguma dificuldade de subir a serra e pairassem sobre o município.

No final dos anos 50 é decidido utilizar a cidade de Cubatão como polo industrial, principalmente por ser próximo de São Paulo, muitas industrias são assim convidadas a funcionar naquele local, com a oferta grande de empregos, principalmente da construção civil, muitos migrantes chegam para trabalhar na cidade e assim foram ficando, conforme a construção civil desaquecia a oferta do operariado das fábricas vinham crescendo e assim os migrantes em sua maior parte periféricos e pobres foram se tornando operadores de industrias. Cubatão não acompanhava sua infraestrutura social com a infraestrutura das indústrias, haviam até 27 empresas diferentes utilizando mão de obra Cubatense e se utilizando do solo, do rio e do ar de Cubatão.

No início da década de 80 ocorrem muitos casos de anencefalia em recém-nascidos na cidade, popularmente conhecidos como cara de sapo, a anencefalia é a não-existência do cérebro e assim o recém-nascido tem um rosto achatado. A anencefalia é diretamente ligada a poluição, uma vez que o ar poluído principalmente com a presença de produtos químicos inibiriam as células que formam o cérebro de um recém-nascido. A prefeitura da cidade e o governo do Estado tentam maquiar os números alterando até mesmo a causa da morte de alguns recém-nascidos.

A tragédia da Vila Socó é provavelmente o acidente mais chocante da história da cidade, uma favela de palafitas que continha até 800 barracos, erguidos em cima do mangue e feitos de madeira, eram comuns as cheias e os alagamentos provenientes do mangue, mangue este já contaminado pelo esgoto industrial. A Vila Socó fora erguida em cima de um oleoduto enterrado utilizado pela Petrobras, conforme o mangue subia e descia com a maré o metal do duto se corroía. O duto ligava uma refinaria ao porto de Santos e numa falha de comunicação as válvulas da refinaria foram abertas mas as do porto não, e com isso a pressão dentro do duto fez com que a gasolina saísse para fora do duto, como o duto passava pelo mangue e a gasolina é um líquido mais leve do que a água, a gasolina subia e ficava ali boiando, eram perto das 22 horas quando a polícia foi chamada e tentou tomar as providências de retirada da população, muitas pessoas não saíram por medo ou por desconfiança da polícia, também chovia muito no dia, as 23 horas uma explosão deu início a tragédia. Após a primeira explosão do duto todo o mangue pegava fogo, as casas de madeira eram totalmente levadas pelo fogo, cada casa com seu botijão de gás era na verdade uma bomba, as labaredas eram enormes, as fotos são chocantes, a Vila Socó era como uma panela literalmente no fogo. Foram mais de 200 mortos e incontáveis feridos, acho que não cabe aqui relatar as morbidades do evento, que podem ser obtidas na internet, mas é de fato conteúdo pesado. Hoje a Vila Socó se chama Vila São José, não mais possui palafitas e é aterrada, as cicatrizes da tragédia parecem não estarem por lá

Apesar da Petrobras ser a responsável pela tragédia, a Vila Socó alça Cubatão ao mundo expondo todo seu problema ambiental, pode-se citar como exemplo a vegetação da Serra Do Mar que era encontrada as vezes seca ou morta decorrente da chuva ácida causada pela liberação de tantos produtos químicos no ar, as fotos de Cubatão na década de 80 não perdem em nada para a abertura de Blade Runner com suas chaminés e tochas e provavelmente os moradores de Cubatão nem sequer imaginavam que viviam num contexto cyberpunk.

Além da Petrobras a francesa Rhodia também foi fechada judicialmente pela exposição do popularmente conhecido como “Pó da China” o Pentaclorofenol, um produto que servia como pesticida, fungicida, bactericida e desinfetante, o pó da china causava febre, tonturas e dor de cabeça, pode levar a morte dependendo do tamanho da contaminação. Grande parte dos trabalhadores foram contaminados e boa parte dos moradores dos arredores da fábrica também, existe ainda hoje locais onde a Rhodia armazena tambores de lixo tóxico e ainda se encontram em Cubatão e arredores, a Rhodia é alvo de diversas sanções judiciais tanto pelos trabalhadores como pelo Ministério Público.

ACIDENTES ACONTECEM?

É comum a figura do capitalismo ser relacionada a meritocracia ou a grandes mentes que criaram algo revolucionário e dessa forma o capitalismo se reinventa, hora como grandes empresários, hora como a chama da liberdade disposta a enfrentar tudo e todos para manter seu próprio status quo. O texto anterior cita três exemplos de capitalismo, mas ainda há espaço para acontecimentos como Mariana e Brumadinho, outros dois exemplos de como a busca incessante pelo lucro perpassa tudo que há no caminho, perpassa o meio ambiente, perpassa as vidas humanas, perpassa a dignidade, Mariana e Brumadinho são dois exemplos mais recentes do que é uma tragédia industrial.

Pensar todos esses casos como acidentes na verdade é um erro de classificação, um acidente ocorre por falta de informação, por algo inesperado, por algo inevitável, talvez escorregar num piso molhado num dia de chuva forte seja um acidente, mas a projeção da cidade de Volta Redonda com a tomada de áreas mais altas por classes mais altas desmonta a hipótese de um acidente com a usina, o próprio bairro de Volta Grande IV é exemplo de que foi uma tarefa mal executada. A tragédia da Vila Soco por si só desmonta outra hipótese de acidente, a favela ficava as margens da Rodovia Anchieta, via de ligação entre a capital e o litoral. Essa prática de saber que o problema existe e não o resolver vai de encontro a busca incessante pelo lucro, é mais barato lidar com o acidente caso ele aconteça do que preveni-lo, mesmo que multas sejam aplicadas estamos falando de fábricas da ponta do capitalismo, muitas delas multinacionais ou nacionais enormes, como Petrobras e CSN, o prejuízo de uma multa é suprido por dois ou três dias de produção.

Uma das armas mais utilizadas na Guerra Fria foi a globalização, a Rhodia executar suas operações no Brasil até pode ser vendido como uma multinacional gerando empregos e desenvolvendo a região mas a verdade é que a Rhodia buscava lugares pobres, lugares que as pessoas talvez não tivessem educação suficiente para entender a poluição que aquele complexo causaria, outra empresa integrante do Vale da Morte era a Union Carbyde que foi protagonista da maior tragédia química do mundo, talvez do mesmo tamanho de Chernobyl, na cidade de Bhopal, na India, em 1984, onde até hoje quase 40 anos depois as pessoas ainda são afetadas pelo vazamento de 27 toneladas de gás tóxico da usina, é possível dizer que são até 3 as gerações já afetadas pelo desastre e ainda pode continuar na quarta geração. Qual a diferença entre Cubatão e Bhopal? Em 1984 ambas as cidades ficavam na periferia do mundo, perfeitas para a globalização, perfeitas para serem exploradas pelo capitalismo afim de buscar sem parar pelo lucro.

A questão regional pode parecer coincidência mas se há a explosão de 800 moradias por conta de um oleoduto enterrado em Paris ou Nova York estaríamos sempre sendo lembrados disso e como foi um acidente terrível, de como podemos impedir que isso aconteça mais e mais vezes, mas Bhopal e Cubatão? São as ditas periferias mundiais, eu moro hoje a 150km de Cubatão e soube por acaso dessa história, eu só sei sobre os problemas de Volta Redonda porque fui durante algum tempo cidadão da cidade, quantas mais cidades enfrentam problemas assim e a gente simplesmente não sabe?

COMO VENCER O COMUNISMO?

Uma das principais “frentes” de luta que o capitalismo americano enfrentou na Guerra Fria foi a relação de países pobres e sua tendência a “cair” perante o comunismo, isto é, Washington sabia que precisava mostrar a esses países o caminho para o progresso, um dos desafios desses países eram as crescentes populações e a crescente pobreza, relacionados diretamente a fome, por conta disso desenvolveu-se principalmente nos Estados Unidos a maior parte dos agrotóxicos utilizados na produção agrícola, o agrotóxico aumentava e melhorava a produção e isso era tudo que esses países precisavam saber, a parte que o agrotóxico também causa câncer e pode ser um verdadeiro veneno para organismos humanos não precisava ser avisado. Inclusive hoje mesmo no Brasil há uma luta política para considerar o termo “agrotóxico” errôneo, preferindo a utilização do termo “defensivo agrícola”, o que por si só já é a tentativa de alterar a verdade.

A relação dos agrotóxicos com os acidentes químicos é a mesma do capitalismo com o mundo, a busca pelo lucro, vender a ideia de que o agrotóxico ajuda a matar a fome faz com que os demais problemas sejam secundários, assim como vender a ideia de que indústria gera empregos é uma anestesia para os demais problemas causados pelas próprias indústrias. E a corrente se fecha justamente no fato de que em tragédias como o Pó da China da Rhodia e o gás tóxico de Bhopal eram diretamente focados na produção de agrotóxicos, pode-se dizer que eram ambas fábricas de veneno, seja ele para ser utilizado nas plantações ou seja ele um problema ambiental.

O capitalismo também é responsável pela prática da utilização até o fim, de tirar o maior lucro possível mesmo que isso acabe com toda a possibilidade de novos lucros. A Rhodia sabia com toda certeza da exposição da população cubatense ao pentaclorofenol mas era mais importante continuar produzindo e deixar tudo como está, quem sabe nem descoberto fosse, esse mesmo capitalismo atua o tempo todo a nossa volta, no nosso dia a dia, no nosso trabalho, no nosso entorno, se o lugar onde você trabalha sabe que vai falir, você não vai saber até ser impossível esconder, e até lá você vai ser muitas vezes cobrado como se tudo estivesse em dia, é o capitalismo tentando explorar o máximo possível até mesmo de você, porque depois não haverá mais de onde lucrar.

Essa lógica exploratória e predatória é consequência da exploração irresponsável por mais de 100 anos de capitalismo, a busca sem parar pelo carvão, pelo óleo de amendoim que força as fomes na Índia no século XIX, a prática neo-colonial buscando a exploração de todos os recursos possíveis de países menos desenvolvidos, a prática irresponsável de garimpo que enche os rios amazônicos de mercúrio e tenta a todo momento parecer palatável para a nossa mídia e em certos momentos até consegue. O garimpo brasileiro em questão ainda conta com a história quase que mitológica de Serra Pelada onde uma montanha de 150m se tornou um buraco cheio de agua com a profundidade de 130m, essa agua inclusive totalmente contaminada de mercúrio, hoje ainda há possibilidade de haver ouro no local, mas por conta da exploração irresponsável é totalmente fora de questão reabrir o garimpo. Ainda se cita aqui a poluição de terras indígenas, o garimpo em terras indígenas, o capitalismo precisa explorar tudo que for possível, deixar de explorar um pedaço enorme de terra “só” porque existem índios lá é totalmente inconcebível para este capitalismo totalmente destrutivo.

No filme de nome “No!” de 2012 que retrata a queda da ditadura chilena e a derrota popular de Pinochet, uma das frases mais impactantes ditas numa mesa de reunião é impactante: “Un sistema en que cualquiera puede ser rico, no todos, qualquiera, no se puede perder quando todos quieren ser este cualquiera”. A busca pelo lucro mantém até mesmo quem utiliza do capitalismo como refém, se você não buscar pelo lucro, alguém vai buscar por você e assim se segue um ciclo sem fim que provavelmente terminará com a destruição dos recursos da terra, quem dos “cualquiera” que tiver buscado o suficiente de lucro pode talvez ir para outro planeta e continuar sua busca mas a grande maioria de nós fica a ver navios ou talvez, a ver espaçonaves.

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Kira Yagami

ENFJ, Professor de história, baterista sem foco, Sage nas horas vagas.